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      29/04/2020 | Habicamp - Mercado de venda e locação

      Associação da Construção de Campinas e Região (Habicamp)


      Mercado de venda e locação de imóveis comerciais em Campinas sente reflexos da pandemia

      Índices de março mostram desaceleração no valor de venda e ligeira alta para a locação

      A pandemia do Covid-19 (coronavírus) e a desaceleração do mercado começam a afetar o setor imobiliário em Campinas. Os reflexos da retração já são sentidos no segmento de imóveis comerciais. Em março, de acordo com os índices apurados pela FipeZAP, houve recuos nos preços de locação e vendas, o que, para o setor, confirmam maior cautela das empresas e profissionais liberais na hora de fechar negócio.

      Segundo o índice de locação FipeZAP, que apura dados de mercado das dez principais capitais e cidades brasileiras, em março – quando teve inicio o decreto de Quarentena na cidade – o valor médio para venda de imóvel comercial em Campinas ficou positivo em 0,12% (aumento real). O índice, no entanto, apresentou recuou em relação a Fevereiro, quando foi de 0,21%. No mês passado, o valor médio do metro quadrado para venda em Campinas foi de R$ 6.171 (nono da lista das dez cidades apuradas, e bem abaixo da média nacional, de R$ 8.488).

      No acumulado de janeiro a março o índice de venda comercial ainda foi positivo em 0,08%, reflexo ainda da recuperação de janeiro e fevereiro. Já no acumulado de doze meses (março de 2019 a março de 2020) o preço teve uma retração de 3,50%



      LOCAÇÃO

      Já ó Índice FipeZap de locação apresentou uma queda de 0,03% no mês de março, contra alta de 0.16% em fevereiro. No acumulado dos primeiro trimestre de 2020, a locação apresenta alta de 0,21%. Já no acumulado de doze meses o índice registra crescimento de 5,41%. O valor do metro quadrado em março foi de R$ 31,27.

      Para Francisco de Oliveira Lima Filho, presidente da Associação Regional da Construção de Campinas e Região (Habicamp), os índices referentes à venda e locação de imóveis comerciais reforçam a percepção dos empresários do mercado regional e ainda não refletem os reais impactos da crise para o setor da construção imobiliário.

      “O que temos visto junto aos empresários é um mercado totalmente parado no que diz respeito às vendas e locação”, afirma. “As imobiliárias estão praticamente fechadas e nem os negócios online estão surtindo efeitos quanto a venda e locação. O consumidor está em compasso de esperar para saber os desdobramentos da crise nos caixas e bolso, evitando comprar ou postergando locações.”

      Outro fator que ajuda na paralisia, explica Lima Filho, é a dificuldade para obtenção de documentação necessária para efetivação de compra e venda, uma vez que as prefeituras estão fechadas e os cartórios retomando o atendimento apenas na semana passada.

      Ele lembra, ainda, que o setor da construção civil está fora da lista de atividades proibidas de abertura. Mas isso vale apenas para o setor da construção. “Temos obras em andamento na região, mas as vendas estão totalmente paradas, uma vez que os plantões de vendas estão proibido de abrirem para atendimento ao cliente”.

      Na avaliação do presidente da Habicamp, ainda é cedo para avaliar o tamanho do impacto no setor. “Precisamos ver como vai reagir a economia como um todo após o encerramento da quarentena, como vai estar o mercado de trabalho, a renda das pessoas e, acima de tudo, a confiança do cliente para adquirir imóvel a médio prazo”, completa.

      Renato Costa, diretor da Rede Provectum, explica que não houve, até o momento, grandes mudanças em relação a valores de venda e locação. “O que observamos foi uma maior abertura dos proprietários de escutarem proposta”, explica.

      Ele conta que ao contrário do segmento residencial, o setor comercial manteve-se estável. “Nesse período sentimos uma maior procura dos locatários de imóveis comerciais, solicitando negociações, bonificações e até mesmo carência dos contratos atuais, para o período da quarentena, uma vez que seus comércios encontram-se fechados e consequentemente sem faturamento”.



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