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      03/03/2015 | Minimalismo na crise

              Quando o minimalismo pode ser a solução em tempos de crise

              Consultora em organização explica como o conceito de usufruir das coisas sem necessariamente possui-las pode se tornar um aliado à economia e ao bem-estar
             
              Muito mais que viver em um apartamento pequeno e com alguns poucos móveis brancos, sem televisão, ou mesmo vender todas as roupas, o carro, pedir demissão do emprego e se refugiar  em alguma cidade do Sudeste Asiático carregando apenas uma mala, o minimalismo é um estilo de vida. A ferramenta, fundamentada na ideia de que livrar-se dos excessos pode levar a uma vida mais feliz, induz a uma mudança de comportamento.

              Não existe, na realidade, uma 'receita' para se tornar minimalista, até mesmo porque, como defendem grandes especialistas no assunto, cabe a cada um saber o que é importante para si. Esta mudança está diretamente ligada ao que cada um entende como felicidade.

              Entretanto, em momentos de crise, nada melhor do que pegar carona nesta "onda minimalista", que teve origem em Nova Iorque em meados dos anos 80 e hoje já se encontra em vários cantos do mundo. De acordo com a consultora em organização da Organare, Regiane Deppe, alguns aspectos da postura minimalista podem ser bastante positivos em momentos de adversidade, como uma crise econômica, um momento de vida conturbado ou até mesmo uma simples mudança de endereço para uma casa menor. "Se você não usa algo ou não necessita dele, este objeto é apenas um acúmulo que está ocupando espaço e que, portanto, precisa sair de cena. O que é bonito tem que ficar exposto e que é útil deve ser mantido", adverte Regiane.

              Outra dica, que atualmente se tornou uma grande tendência de mercado, segundo a consultora, é o aluguel de coisas que podem nos ser úteis em um determinado momento, mas que não justificam o espaço que iremos ceder em nossa casa para armazená-las. "'É preciso entender o espaço que temos em casa como algo realmente valioso. Hoje é possível alugar vestidos e sapatos de festa belíssimos e poupar espaço em nosso guarda-roupa. A estratégia é que hoje não mais precisamos necessariamente ter coisas para usufruir delas", explica a personal organizer.

              Algumas lojas físicas e também virtuais investem cada vez mais nesta demanda e um novo filão do mercado emerge com força. Foi assim que as irmãs gaúchas Jéssica e Monalisa Spier apostaram no segmento de aluguel de vestidos de grifes de luxo e criaram a loja eletrônica Rent-to-Wear. O site dispõe de mais de 200 peças para locação e exibe em seu portfólio 33 grifes, cujos preços variam de R$ 200 a R$ 990. Com a mesma intenção, a loja eletrônica BoBags, da empresária Isabel Braga, considerada pioneira no Brasil no segmento, oferece aluguel de bolsas de grife pelo período determinado pelo cliente. "Em tempos de crise econômica, em que precisamos conter gastos mas ao mesmo tempo não queremos reduzir o padrão de vida, alugar pode ser a melhor saída. Usufruímos daquilo, economizamos e ainda não precisamos nos preocupar com o fato de onde guardar. Hoje em dia até mesmo árvores de natal podem ser alugadas!", conclui Regiane Deppe.

              Hoje também é muito comum famílias se mudarem para casas menores ou mesmo apartamentos. Esta é uma outra situação em que o conceito minimalista pode fazer a diferença. De acordo com Regiane, devemos avaliar cada objeto que temos em casa para decidir se ele deve ou não permanecer. "Em alguns casos, mantemos coisas em nossa casa por algum apego afetivo, seja pela pessoa que nos deu ou mesmo pelo objeto em si. Se não nos é útil e não é visualmente agradável, uma dica é fotografá-lo para manter a recordação e, em seguida, doá-lo ou vendê-lo", adverte Regiane.

              Acompanhando esta tendência, muitos comércios eletrônicos, que se auto intitulam pelo conceito do desapego, vêm crescendo no mercado. O site www.pegueibode.com, da empresária Flávia Eluf, revende bolsas, jóias, sapatos e roupas usadas - todos de grife. Uma proposta divertida, que começou com uma brincadeira e se transformou num grande negócio e num sucesso da internet. "Nossa vida acontece no espaço entre nossas coisas. Não temos que preencher todos os espaços disponíveis. Mas cada coisa que colocamos dentro de casa deve ter o seu próprio lugar. O espaço, na realidade, não precisa mudar. Nossas prioridades sim", finaliza a consultora em organização.


              Dicas para 'destralhar' e ganhar mais espaço em casa:

              - Jogue fora tudo que estiver velho, feio, manchado ou rasgado. As peças que ainda puderem ser aproveitadas podem ser encaminhadas para doação e/ou vendidas. Se você não usou aquela peça nos últimos dois anos, muito provavelmente não irá usar mais.
              - Analise tudo o que você tem dentro de casa. Se não for visualmente agradável ou útil, pratique o desapego.
              - Dê um fim às pilhas de papel.
              -  Limpe seu e-mail.
              - Deixe espaço livre. Nem todos os espaços de sua casa precisam ser ocupados de alguma forma. Organização estimula a criatividade e diminui consideravelmente o estresse.


              Sobre a Organare
              
              A Organare Organização Profissional é uma empresa sediada em Campinas, no interior de São Paulo. Com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio da organização, a empresa oferece um portfólio completo com soluções personalizadas para cada tipo de cliente, respeitando sua individualidade e reais necessidades. (www.organare.com.br).
              
              Sua sócia-fundadora Regiane Deppe é membro da National Association of Professional Organizers (NAPO) dos Estados Unidos e associada pioneira da Associação Nacional de Profissionais de Organização e Produtividade (ANPOP Brasil).





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