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      19/09/2016 | Fórmula Inter

      Etanol - Seminário discute o uso mais adequado do álcool combustível amanhã em Campinas

      Evento que acontece terça e quarta-feira (20 e 21 de setembro), no auditório da Bosch, terá em exposição de um carro da Fórmula Inter, uma nova categoria do automobilismo que elegeu o Etanol como combustível para seus carros. As conclusões dos debates serão transformadas em um documento a ser entregue às autoridades do setor.

      Para promover um amplo debate sobre o desempenho energético do álcool combustível e as vantagens competitivas do etanol no mercado brasileiro, o INEE - Instituo Nacional de Eficiência Energética - realiza amanhã e quarta–feira (20 e 21 de setembro) no auditório da Bosch, em Campinas, interior de São Paulo (Via Anhaguera, Km 98), O III Seminário internacional sobre o uso eficiente do etanol.

      O evento terá em exposição de um carro da Fórmula Inter, uma nova categoria do automobilismo do Brasil (entre o kart e as categorias internacionais) que elegeu o etanol como combustível para seus carros e palestra do seu idealizador Marcos Galassi.

      Vantagens do etanol
      Apesar da importância do etanol no acionamento de veículos leves no Brasil, pouco é divulgado sobre o potencial de melhoria de seu desempenho quando da utilização em motores adequados, com efetiva consideração de suas características como combustível.

      Embora no Brasil milhões de carros sejam abastecidos apenas com etanol, a grande maioria é flex. Enquanto 20% dos modelos oferecidos pela indústria automobilística têm motores apenas à gasolina, não há oferta de carros exclusivamente a etanol.

       “O Seminário visa o exame e o reconhecimento da competitividade do álcool combustível. Vamos  discutir até que ponto os motores flex podem ser aperfeiçoados para serem usados com maior eficiência e, com isso, veriifcar se existe a possibilidade do Brasil voltar a produzir carros a etanol. Vamos examinar, ainda, as diversas experiências e oportunidades de substituir diesel por etanol em veículos pesados”, explica Jayme Buarque de Hollanda, diretor geral do INEE.

      Representatividade
      Diante da preocupação com as diretrizes de governo brasileiro para o setor automobilístico, inclusive com os compromissos do país para redução das emissões definidas na COP 21 (Conferência do Clima), o INEE convidou para os dois dias de debates (das 9h às 17h30) grande parte dos setores envolvidos com a política do etanol.

      Participam do Seminário representantes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Única (União da Indústria da Cana de Açúcar), BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental); da indústria automobilística e de autopeças (Robert Bosch, Mahle, Volkswagen do Brasil e Scania), além de pesquisadores que estudam tecnologias (injeção direta, turbos, transmissão automatic, etc.) que  permitem obter elevados desempenhos no uso do etanol em motores adequados.

      Um relatório sobre os debates será entregue, posteriormente, pelos organizadores às autoridades do setor (Governos Federal e Estaduais). O evento tem o patrocínio da COPERSUCAR, BOSCH, BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.

      Eficiência
      O uso eficiente do etanol veicular, além dos impactos ambientais e sociais favoráveis, afeta positivamente a economia dos consumidores e de todos os agentes ao longo da sua cadeia de produção e transformações. “A maior divulgação do etanol contribuirá para revigorar a oferta do único combustível renovável produzido em larga escala sem subsídios e sem monetização de suas externalidades positivas. Também contribuirá para diversificar a produção da indústria automotive, visando novos mercados, aqui e no exterior”, acredita Hollanda.

      De acordo com o diretor do INEE, o Brasil chegou a ser o único país do mundo onde o etanol combustível era produzido e distribuído. Hoje, porém, o país responde por apenas um quarto da produção mundial. Em outros países, o etanol é, hoje, na maior parte, usado como aditivo da gasolina.

      “Circulam em diversos países cerca de 25 milhões de carros flex, com grande destaque para os Estados Unidos, e, de forma crescente, na Europa. A competição com a gasolina ainda é pequena, por ser restrito o número de postos que vendem etanol. Motivados pelos objetivos de descarbonização, a substituição da gasolina pelo etanol, no entanto, deve aumentar na Europa, liderado pela Suécia França e Alemanha e a busca de motores a etanol eficientes deve se colocar de forma crescent”, diz. 

      Programa

      20 de Setembro de 2016

      08:30 – 09:30
         

      Inscrição

      09:30 – 10:30
         

      Abertura

      Apresentadores

      Marcos José Marques, Diretor Presidente do Conselho Diretor do INEE

      Besaliel Botelho, Presidente da Robert Bosch América Latina

      Aurélio Amaral, Diretor da ANP:“Perspectivas para o etanol na matriz de transportes no Brasil”

      10:30 –11:30
         

      Especificação do Etanol

      O etanol distribuído no Brasil (E100), um combustível homogêneo e a “gasolina” é o E27. Nos EUA adota-se o E85 (85% etanol e 15% gasolina) que, na prática, pode ser o E51 a E81, além do E10. A mesa analisa qual seria a mistura ideal visando o uso otimizado em motores Otto.

      Coordenador: José Vitor Bomtempo Martins, Pesquisador Associado e Professor da Pós-graduação da Escola de Química/UFRJ.

      Palestrantes:

      “Etanol Eficiente: alternativa brasileira para o controle dos gases de efeito estufa”, Ricardo Abreu, Diretor Global de Tecnologia da MAHLE

      “Etanol e as emissões locais”, Alfred Szwarc, Especialista em emissões veiculares

      11:30 – 12:30
         

      Etanol e Cadeia Energética da Cana

      Novas variedades de cana, de técnicas de gestão agrícola e de processamento industrial, já dominadas ou de grande potencial, como o etanol de 2ª geração, vão tornar o etanol cada vez mais competitivo tanto do ponto de vista econômico quanto sócio-ambiental. A mesa discute as oportunidades criadas e barreiras a vencer para acelerar o aumento de produtividade do setor sucroenergético.

      Coordenador: Plinio Mário Nastari, presidente DATAGRO

      Palestrante:

      “Oportunidades Para Aumento da Produtividade na Agroindústria da Cana de Açúcar”, Manoel Régis Lima Verde Leal, Pesquisador do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol

      Debatedor:

      Denis Arroyo, Diretor Agrícola do grupo Zilor

      12:30 – 14:00
         

      Intervalo Almoço

      14:00 – 15:00
         

      Painel Carros Leves a Etanol no Mercado Brasileiro

      Tecnologias que vão se tornando lugar-comum - injeção direta, turbos, transmissão automática permitem obter elevados desempenhos no uso do etanol em motores adequados. A mesa examina as oportunidades e barreiras que se colocam para as montadoras atenderem milhões de motoristas brasileiros que usam apenas o etanol com carros projetados para emprego desse combustível com alto rendimento, e/ou  flex otimizados para seu uso.

      Coordenador: Francisco Emílio Baccaro Nigro, Professor da Escola Politécnica da USP

      Debatedores:

      Roger Tadeu Guilherme, Gerente da Área de Engenharia de Motores e Transmissão da Volkswagen do Brasil

      Celso Ribeiro, Grupo Gerenciamento Energético, Engenharia Veículos da FORD

      15:00 – 16:00
         

      Uso Eficiente do Etanol e Redução de Emissões

      O uso do etanol como alternativa à gasolina tem grande e reconhecida importância para reduzir a emissão de GEE no consumo automotivo brasileiro. Como o uso mais eficiente favorece este resultado, a mesa discute em que medida, ele pode/deve ser incorporado aos compromissos brasileiros para redução das emissões definidas na COP 21.

      Coordenador: José Roberto Moreira, Professor da USP

      Palestrantes:

      “A importância do etanol na descarbonização do setor de transportes brasileiro” André Ferreira, diretor executivo do IEMA

       “Uso eficiente do etanol como meio para atender as metas internacionais de redução das emissões veiculares de GEE”, Erwin Franieck, Gerente de desenvolvimento de sistemas de controle do motor e de Inovação da divisão Gasoline Systems da Bosch

      16:00 – 17:30
         

      Etanol no transporte pesado (etanol no lugar de diesel)

      Apesar do subsídio ao uso do diesel, sua substituição por etanol ao custo de produção deste último seria competitiva para a agroindústria da cana. Vem sendo também usado em diversos países para reduzir emissões urbanas  e cumprir metas de descarbonização dos transportes. A mesa examina a viabilidade técnica, econômica e social dessas substituições no Brasil.

      Coordenador: Jayme Buarque de Hollanda, Diretor Geral do INEE

      Palestrantes:

       “Apostas da SCANIA na substituição do diesel pelo etanol”, Hugo Nicioli, Engenheiro da SCANIA da área de tecnologias para combustíveis alternativos.

      “Perspectivas do uso do etanol em transporte pesado”, (a definir), Bosch

      “Substituindo o diesel com o motor Ethos 2.8 L”, Adriano Rishi, Diretor da Cummins

       

       

      21 de Setembro de 2016

      O9:00 – 10:30
         

      Painel : Motores a etanol – P&D e academia

      No passado, houve grande interesse nas universidades e centros de pesquisa  no aperfeiçoamento dos motores a etanol. Hoje, apesar da importância da cana como fonte primária de energia do país, há poucos trabalhos acadêmicos. A mesa examina como retomar o tema, promovendo e estimulando iniciativas de pesquisa e desenvolvimento relativas ao uso otimizado do etanol.

      Coordenador: Marcos Langeani, Diretor da Next Engenharia

      Debatedores:

      Sergio Leal Braga, Diretor Instituto Tecnológico ITUC - PUC-Rio

      Waldyr Gallo, professor da UNICAMP

      Márcio Turra de Ávila, professor da UFSCar

      10:30 – 11:30
         

      Marketing do uso eficiente do etanol

      A informação de que o etanol equivale a 70% da gasolina é equivocada, porém amplamente difundida, apesar de evidências em contrário, que serão apresentadas. A mesa indica como orientar consumidores e tomadores de decisão do governo quanto ao uso adequado desse  combustível .

      Coodenador: (a definir)

      Palestrante: “Paridade 70: um falso conceito a ser desconstruído”, Jayme Buarque de Hollanda, Diretor Geral do INEE

      Debatedores:

      Adhemar Altieri, Diretor Executivo da MediaLink Corporate Communications

      11:30 – 12:30
         

      Fórmula Inter a etanol

      A Fórmula Inter, mais inovadora modalidade do automobilismo brasileiro (2016), usa motor desenvolvido para usar o etanol como único combustível. A mesa apresenta o veículo e discute como essa experiência contribui para aumentar a eficiência veicular com etanol.

      Coordenador: (a definir)

      Palestrantes:

      “A criação da Fórmula Inter, seus objetivos e a opção pelo etanol", Marcos Galassi, Empresário idealizador da Fórmula Inter

       “Aperfeiçoamentos possíveis dos motores a etanol da Fórmula Inter”, José Mateto, Gerente da BOSCH

      12:30 – 14:00
         

      Intervalo Almoço

      14:00 – 15:00
         

      Ações de governo

      Incentivos fiscais e de outras naturezas ao aumento da eficiência energética dos carros (Inovar Auto) podem ser usados para promover o uso mais eficiente do etanol.

      Coordenador: Pietro Erber, Diretor do INEE

      Palestrantes:

      Thomas Paris Caldellas, Coordenação-Geral das Indústrias do Complexo Automotivo; Departamento das Indústrias de Mobilidade e Logística do MDIC

      Marcelo Bales, Engenheiro da CETESB, e membro do Comitê do Programa Etiquetagem Veicular do INMETRO

      15:00 – 16:00
         

      Panorama Internacional

      Estimulado pela questão ambiental e por dificuldades para reconciliar o uso eficiente e a baixa emissão de CO2 do diesel, o interesse pelo etanol como combustível deve aumentar, sobretudo na Europa. Também deve aumentar  a demanda pelo emprego de  motores a etanol eficientes. O Brasil tem toda a condição de liderar esta tendência.

      Coordenador: Pietro Erber, Diretor do INEE

      Palestrantes:

      “Criando as bases para uma terceira revolução do etanol”, Luiz Augusto Horta Nogueira, Pesquisador do NIPE, Professor da UNIFEI

      Debatedor:

      Marcelo Khaled Poppe, CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

      16:00 –17:30
         

      Painel Final

      O uso eficiente do etanol veicular, além dos impactos ambientais e sociais favoráveis, afeta positivamente a economia dos consumidores e de todos os agentes ao longo da sua cadeia de produção e transformações da cana. Sua maior difusão contribuirá para revigorar a oferta do único combustível renovável produzido em larga escala sem subsídios e sem monetização de suas externalidades positivas. Também contribuirá para diversificar a produção da indústria automotiva visando novos mercados, aqui e no exterior, além de favorecer o aumento da geração de energia elétrica disponível para o mercado, substituindo energias fósseis.

      Coordenador:

      Marcos José Marques, presidente do Conselho Diretor do INEE

      Debatedores:

      Luiz Augusto Horta Nogueira, Pesquisador do NIPE, Professor da UNIFEI

      Bernardo Hauch Ribeiro de Castro, Departamento de Bens de Capital, Mobilidade e Defesa – Área de Indústria de Base do BNDES

      Elizabeth Farina, Presidente da UNICA





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