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      08/11/2016 | MIS Campinas recebe prêmio nacional

      Projeto de acessibilidade ao acervo do MIS Campinas recebe prêmio nacional

      O projeto "Um museu feito para nós, por nós", realizado ao longo de 2014 no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS), foi contemplado com o prêmio Darcy Ribeiro 2015, do Instituto Brasileiro de Museus. A premiação resultará na entrega de R$10 mil para ações educativas no MIS. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida e Centro Cultural (SMPD) Louis Braille de Campinas.

      O principal objetivo do projeto foi proporcionar o acesso pleno das pessoas com deficiência à cultura, por meio da capacitação dos profissionais do museu e de inscrições em Braille. O trabalho foi desenvolvido de acordo com as necessidades identificadas pelos próprios deficientes audiovisuais, como a instalação de pisos táteis e a elaboração de kits multissensoriais.

      "A premiação comprova que o projeto significa o fortalecimento do exercício de protagonismo das pessoas com deficiência da cidade", diz a Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas, Emmanuelle Alkmin.

      A SMPD ofereceu cursos gratuitos e capacitou funcionários do MIS em LIBRAS - Linguagem Brasileira de Sinais - e também em Audiodescrição. Este último recurso de acessibilidade é utilizado para ampliar o entendimento de pessoas com deficiência visual e baixa visão em cinema, teatro, televisão e em todas as atividades nas quais as informações visuais são fundamentais para o entendimento da obra.

      Segundo o Secretário de Cultura, Ney Carrasco, "o MIS é o museu mais frequentado, que tem uma extensa programação e público fiel. A parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência é ótima e sempre colocamos as ideias em pauta de forma conjunta". Carrasco aponta, ainda, que "como resultado, tivemos, ao longo desses anos, várias ações inclusivas, como espetáculos com acessibilidade e exibições de filmes com audiodescrição. A notícia da premiação é de fato gratificante e nos faz manter ainda mais viva esta parceria".


      Inclusão

      A fatia do projeto contemplada pelo Prêmio Darcy Ribeiro foi relativa à atividade educacional de inclusão realizada no âmbito do projeto, quando cerca de cem pessoas com deficiência visual e auditiva participaram de 16 encontros em que foram apresentadas à pluralidade de coleções e temáticas do MIS, patrimônio cultural vivo e abrangente da cidade. Em cada dia era apresentado um aspecto específico do acervo, do patrimônio e das atividades do MIS, fornecendo a todos um panorama diversificado.

      Nos encontros, também foram propostas atividades de criação artística envolvendo diferentes linguagens: fotografia, vídeo, música, dança, artes visuais, vídeo-arte. Foram promovidas visitas a três instituições culturais parceiras, de modo a incentivar a compreensão do patrimônio de maneira ampla, nos seus aspectos cultural e natural, material e imaterial.

      "Nós estamos preocupados com a acessibilidade, com a pessoa com deficiência e em tornar o MIS um lugar lúdico, amplo e universal, já que tem essa característica intersetorial de ser um espaço acessível", diz Alexandre Sonego de Carvalho, da  coordenação do MIS.

      Após a realização das oficinas, foram produzidas cerca de 50 obras, entre elas fotogramas, vídeos, painéis, móbiles e instalações, nas quais pessoas com deficiência visual e auditiva foram curadoras por meio da experimentação de diversas linguagens artísticas.

      Para Juliana Siqueira, responsável técnica e idealizadora do projeto, o prêmio é essencial para a continuidade das ações inclusivas no MIS. "A premiação é reconhecimento do trabalho coletivo realizado com o protagonismo das pessoas que frequentam o museu e vai gerar desdobramentos importantes para a cidade, envolvendo a expansão das ações", diz.
       

      Sobre o MIS

      O MIS de Campinas é uma referência regional em se tratando de acervos audiovisuais. Possui mais de 30 mil fotografias, 400 películas, três mil vídeos em diversos formatos, 25 mil discos e CDs de música, dois mil cartazes de cinema, centenas de equipamentos tecnológicos, milhares de publicações e pesquisas.

      O material documenta as transformações históricas, sociais e culturais da cidade e da região. Testemunha, ainda, a evolução dos usos do audiovisual e o papel da informação e da comunicação na sociedade contemporânea.

      Ao longo de 38 anos de existência, o museu se consolidou como um forte agente de fomento à formação de público e de produtores audiovisuais, por meio de suas ações educativas.


      Conheça mais sobre o projeto "Um museu feito para nós, por nós" acessando: https://miscampinas.wordpress.com/.



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