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      26/06/2010 | Banda Carlos Gomes 115 ANOS

      História e tradição

      Fundada em julho de 1895 por um grupo de imigrantes italianos, a atual Banda Carlos Gomes foi chamada inicialmente de Corporação Musical Ítalo-Brasileira. Ao longo dos anos, maestros ilustres passaram pelo cargo, como Constantivo Suriani, José Troiano, Salvador Bove e João Di Tullio – estes dois últimos, regentes da Orquestra Sinfônica de Campinas, criada em 1929, com o nome de Sociedade Symphônica Campineira.

      A Banda Carlos Gomes testemunhou momentos marcantes da vida campineira: em 1903, recepcionou Santos Dumont em sua visita a Campinas; em 1922, ainda com o antigo nome de Corporação Musical Ítalo-Campineira, conquistou o primeiro prêmio no desfile realizado no Rio de Janeiro em comemoração ao Centenário de Independência do Brasil. Desde 1950 realiza concertos junto ao Monumento-Túmulo de Carlos Gomes, na Semana dedicada ao compositor.

       

      A Banda conta, atualmente, com cerca de 40 músicos entre efetivos, bolsistas e alunos, mantendo-se em funcionamento ininterrupto desde sua fundação. Poiani destaca o empenho do maestro Vilmar Sartori (regente de 1995 a 1999) e do atual titular do cargo, Wilson Dias, que deram novo fôlego ao conjunto.

      Dias faz questão de destacar o empenho do professor e fagotista Paulo Justi, da Unicamp (morto em maio último), na trajetória da Banda Carlos Gomes. “O então coordenador do Nidic (Núcleo de Desenvolvimento Cultural da Unicamp), Paulo Justi, viabilizou um convênio entre a Universidade e a Carlos Gomes, que possibilitou a realização dos ensaios no prédio da Unibanda, transporte e alimentação para os músicos, além da doação de instrumentos. Quando ele saiu, em 2003, acabou o convênio. Mas sua participação foi decisiva para a continuidade de nossos trabalhos”, afirma.

      Além dos ensaios semanais, a Banda mantém a escola com cursos gratuitos na mesma sede, no histórico prédio da Avenida Benjamin Constant, 1423 – tombado pelo Condepacc, em 2005, e restaurado através de projeto aprovado pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura.

       

      Dias e Poiani

      Wilson Dias é regente da Banda há 10 anos, mas sua ligação com o grupo vem desde 1982. “Participei como jovem músico, quando ainda era da Guardinha, e foi aqui que tive a experiência da prática em conjunto. Hoje, exerço minha função como um pagamento do quanto recebi. É um lugar de trabalho que prepara o jovem para a vida profissional. É um trabalho de renovação”, lembra o maestro, também trombone solista da Orquestra Sinfônica de Campinas, integrante dos grupos Metalumnfonia e Euphonismo e regente da Orquestra Filarmônica Popular de Campinas.

      Outro entusiasta da Banda Carlos Gomes é o presidente Valdir Poiani, no cargo desde 1999. “Trabalhava como contador de uma empresa e tinha como companheiro de trabalho Vito Scagliusi, saxofonista e vice-presidente do conjunto. Como sempre gostei muito de banda, desde moleque de calça curta, ia com o Vito nas apresentações. Em 1995, ele faleceu. E nas suas gavetas de trabalho localizei muita documentação da Carlos Gomes”, conta. O episódio foi definitivo na vida do contador Poiani. Procurou os músicos, a Câmara Municipal, conseguiu a Medalha Carlos Gomes e, desde então, não deixou mais de arregaçar as mangas.

       



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