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      04/02/2019 | Hérnia de disco

      Hérnia de disco atinge cada vez mais pessoas com menos de 30 anos; no Brasil, 5,4 milhões sofrem com o problema
       

      Cirurgia minimamente invasiva reduz o tempo de recuperação de 90 para, em média, três dias

      Dor nas costas, dificuldade para pegar objetos mais pesados, para locomover-se e até mesmo para trabalhar e praticar atividades físicas. Esses são apenas alguns dos principais sintomas e consequências da hérnia de disco, doença que atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este problema também vem se manifestando cada vez mais cedo, já a partir dos 30 anos de idade, quando a média até poucos anos atrás estava em 37 anos.

      Atualmente, uma das patologias mais frequentes e limitantes para as pessoas são as hérnias de disco. Elas são divididas em três regiões: a hérnia de disco cervical, que afeta a região do pescoço; a hérnia de disco torácica, que afeta a região do meio das costas; e o disco lombar: afeta a região mais baixa das costas. A coluna é uma estrutura importante do corpo humano, por onde as funções dos membros são transmitidas.

      A Hérnia aparece não por um fator postural, obesidade, movimentação ou esforço repetitivo e queda. A grande maioria das hérnias está relacionada a fator genético predisponente. As hérnias de disco vão evoluindo com e tempo e com a piora gradativa vão levando o paciente a um determinado quadro de desabilidade física.

      Estatisticamente, a fase que se faz o diagnóstico do problema está na faixa etária dos 25 e 40 anos, sendo que a faixa etária mais comum é a partir dos 35 anos. "Mas hoje, temos verificado uma incidência maior do problema nas pessoas com menos de 30 anos", alerta Dr. Kennedy Costa, diretor da CVO - Clínica Vascular e Ortopédica -, de Campinas, ortopedista e especialista em coluna vertebral e cirurgia minimamente invasiva (hérnia de disco). "A incidência está ocorrendo cada vez mais cedo, por causa de problemas hereditários", explica.

      De acordo com Dr. Kennedy Costa, o disco (hérnia) tem algumas fases de desenvolvimento, que podem, gradativamente, evoluir de uma protrusão leve, para moderada, até chegar a um grau mais grave onde existe uma extrusão do disco. Neste ponto, a hérnia provoca a compressão do nervo ou da medula devido a essa ruptura completa do disco, invadindo o canal medular, migrando para baixo ou para cima do canal.

      Quando a hérnia de disco atinge este estágio, explica dr. Kennedy Costa, ela desencadeia alguns sintomas mais específicos como a ciatalgia (irradiação da do para os membros inferiores) ou a braquialgia, quando a hérnia de disco é cervical e irradia para membros superiores.

      O quadro clínico muito comum para pacientes com hérnia de disco são sintomas de dor irradiada para membro, acompanhada de dormência ou formigamento desse membro - alteração na sensibilidade da pele - e muitas vezes há uma perda de força motora no membro, causando uma dificuldade de caminhar ou movimentar o braço, a mão. "São sinais de que a pessoa está tendo uma compressão neurológica, impedindo que o impulso nervoso chegue 100% às extremidades", acrescenta.


      Menor de tempo de recuperação

      Ao mesmo tempo em que o problema vem sendo diagnosticado cada vez mais cedo, a medicina também tem avançado na cura das hérnias de disco, garantindo maior conforto, recuperação do quadro clínico e na qualidade de vida do paciente.
       

      As cirurgias minimamente invasivas para tratamento de hérnias de disco foram trazidas pelo Dr. Kennedy Costa, um dos pioneiros no tratamento para a região de Campinas há mais de uma década. Esta técnica é mais rápida, menos agressiva, menos invasiva, mas com um alto grau de resolução do problema quando comparado com as cirurgias tradicionais.
       

      De acordo com o doutor Kennedy, as técnicas cirúrgicas minimamente invasivas mais utilizadas são com tratamento com laser, radiofrequência, discectomia percutânea, que está muito comum, e a própria via endoscópica.
       

      A discectomia percutânea, a mais utilizada hoje em dia, é um procedimento realizado apenas com uma sedação leve e uma anestesia local. Esses procedimentos são realizados, em média, de 15 minutos até 40 minutos.
       

      Umas das principais vantagens da cirurgia minimamente invasiva é que terminado o procedimento cirúrgico o paciente recebe alta para ir para casa em até 30 minutos, ao contrário das cirurgias tradicionais, onde ele permanece internado por até dois dias. Outra vantagem dessa técnica é o tempo de recuperação. "Em média, um paciente volta em questão de dez dias ao trabalho, mas este tempo depende muito de cada paciente. Já houve caso em que o paciente voltou a trabalhar em três dias". Já a retomada da atividade física pode ocorrer em um mês, enquanto que pela cirurgia tradicional este tempo chega a 90 dias.
       

      Sintomas de hérnia de disco

      O principal sintoma de uma hérnia de disco é a intensa dor no local, muitas vezes irradiada para os membros.

      Hérnia de disco cervical
      Dor na nuca ou no pescoço, trapézio
      Dificuldade em movimentar o pescoço ou levantar os braços
      Pode haver sensação de fraqueza, dormência ou formigamento nos membros
         

      Hérnia de disco lombar
      Dor na região mais baixa das costas
      Dificuldade em se movimentar, abaixar, levantar-se ou virar na cama, por exemplo
      Sensação de dormência nos glúteos, e/ou nas pernas, na parte de trás, frente ou interna de uma das pernas
      Sensação de queimação no trajeto do nervo ciático que vai da coluna até os pés





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