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      05/06/2019 | Houve um combate, em Campinas?

      CCLA LEMBRA 177 ANOS DA REFREGA DA VENDA GRANDE

      Houve um combate, em Campinas? - Sim, exatamente isso! - Talvez você não saiba, mas a região chamada de "Amarais", situada entre o atual Aeroporto dos Amarais e o Ribeirão Quilombo, tem enorme importância histórica: foi onde se deu o "COMBATE DA VENDA GRANDE" em 07 de junho de 1842. Para recordar, o Centro de Ciências, Letras e Artes promove uma hora cívica junto ao monumento, que fez construir no local do episódio histórico, ou seja, na rua Dario Freire Meirelles, no canteiro central, em frente à casa de n⁰22, no bairro dos Amarais, nesta sexta-feira, dia 07, às 10 horas. Entidades como o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas, (IHGGC), Clube dos 21 Irmãos de Campinas, Lions Clube, Rotary, e autoridades municipais, bem como populares, presenciarão a palestra do Prof. Reinaldo Camargo Rigitano sobre o fato histórico.

      Nesse combate, as tropas do Império derrotaram as forças rebeldes de um movimento iniciado em 17 de maio de 1842 em Sorocaba, chamado "Revolução Liberal", sob comando do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (que pouco antes, em 1831, havia criado a Polícia Militar do Estado de São Paulo) e do Padre Diogo Antonio Feijó, que faleceu um ano depois do combate (1843) e que havia sido Deputado, Senador, Ministro da Justiça e finalmente Regente do Império de 1835 a 1837.

      O movimento liberal ergueu-se contra os conservadores, que vinham aprovando leis contrárias aos interesses liberais. Pretendia depor em São Paulo o governador do Estado (que então era chamado de Presidente da Província) e transferir a capital para Sorocaba. Depois, aclamar o Tobias de Aguiar como o novo Presidente da Província e marchar em direção ao Rio de Janeiro para depor o governo conservador, devolvendo o poder aos liberais, mantendo-se a monarquia. Mas foram vencidos em Campinas.

      Foi neste combate que o Capitão Ituano Boaventura do Amaral (hoje nome de importante rua no centro de Campinas) e dezenas de outros revoltosos, foram mortos pelos comandados do coronel Amorim Bezerra, que o então Barão de Caxias (que se tornaria depois Conde, Marquês e finalmente Duque de Caxias) mandou vir do Rio de Janeiro (levada para Santos por embarcação, marchando dali para São Paulo) para atacar os paulistas.


      Tobias de Aguiar foi preso e levado ao Rio de Janeiro. Feijó foi levado para São Paulo e dali para Vitória (Espírito Santo). Foram ambos anistiados em 1844 pelo Imperador Pedro II.


      Nesta região em que se deu o combate havia uma construção onde funcionava uma venda (chamada de "Venda Grande") construída provavelmente em 1802. Quando se deu o combate ela estava quase abandonada e seu proprietário (o rico Major Teodoro Ferraz Leite) já era falecido. Ela foi retratada em um quadro a óleo pelo pintor "Dutra". No térreo situavam-se os serviços e no andar superior residia a família do Major que era senhor de engenho. O local era então conhecido como o "Sítio do Teodoro" ou "Venda Grande".
       

      Muitos dos mortos foram sepultados em torno da Venda Grande, sendo depois removidos para locais não identificados. Mas a tradição popular ainda hoje ocasiona manifestações de respeito como o aparecimento de velas e imagens junto ao marco ali existente. É possível que você às vezes passe indiferente pelo marco construído no canteiro central da Rua Dário Freire Meireles e nem se dê conta de sua importância. Aquele monumento existe exatamente para lembrar e homenagear este fato histórico.





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