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      24/10/2010 | Rondas da Vida de Agmon Rosa

      O mudo eco do silêncio hospitalar.
      Zumbis a caminhar por corredores sem fim.
      A palidez mórbida de pacientes agitados,
      Inquietos, olhar cansado da longa espera.

      Madrugada! Maiores abandonados, idosos excluídos
      Que a sociedade, a família e o sistema pariu.
      Madrugada! Do conta-gotas dipirético,
      Do soro fisiológico, anestésicos, anti-sépticos.
      O branco asséptico dos jalecos e aventais
      Dos atendentes, enfermeiras e médicos residentes.

      A moderna parafernália da medicina eletrônica:
      Cintilografias, tomografia computadorizada,
      Ressonância magnética, radioterapia, quimioterapia,
      Medicina nuclear encéfalo, eletrocardiogramas.

      Madrugada! Fim de noite, o diagnóstico fatal.
      A luta segue heróica, na arena persistente,
      Para não morrer o paciente terminal,
      Nem a ultima esperança dos que ficam.
      Madrugada! Fim dos versos, fim do poema.

       

      Agmon Rosa





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